quarta-feira, 27 de novembro de 2013

CONFERÊNCIA – Vida Independente – A nossa vida nas nossas mãos

No dia 7 de Outubro Eduardo Jorge, tetraplégico, estava disposto a fazer uma greve de fome pela Vida Independente, pelo direito a decidir a sua vida, a viver onde quer, pela igualdade de oportunidades. A greve de fome foi cancelada porque fomos recebidos pelo Secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, que nos garantiu que no final de Janeiro, após um período de 60 dias em que todos poderão enviar contributos, se dará início à redacção de uma Lei de Autonomia Pessoal/Vida Independente.

Porque queremos uma lei que sirva os interesses das pessoas com deficiência decidimos organizar, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, uma conferência para lhes dar a palavra. Uma conferência em que poderemos falar das nossas necessidades e do que é importante que conste da futura lei. Para decidirmos em conjunto que lei queremos.

Será no dia 3 de Dezembro no Fórum Roma, em Lisboa.

Teremos connosco dois convidados estrangeiros que nos trarão as suas experiências e a realidade dos seu países:

Adolf Ratzka, fundador do Independent Living Institute, da Suécia, um pioneiro do Movimento de Vida Independente na Europa que em 1984 fundou a Cooperativa STIL que em 1998 empregava 1.300 assistentes pessoais para pessoas com necessidades especiais, todos recrutados, formados e geridos pelos 200 elementos que assistem.

Nuria Gómez, activista do Foro de Vida Independent da Catalunha. Co-autora do livro “Deconstruyendo la dependencia. Propuestas para una vida independiente”

Porque é altura de inverter uma política virada para a institucionalização, em que o Estado paga 950 euros mensais aos lares de idosos que recebem pessoas com deficiência, mas dá 88 euros a quem tem necessidade de ajuda por terceira pessoa.

Porque é altura de sermos nós a decidir as nossas vidas.

Porque temos direito a uma vida digna, apelamos à participação de todas as pessoas com deficiência nesta conferência.

Como um dia escreveu Adolf Ratzka:

Enquanto encararmos as nossas incapacidades como tragédias , terão pena de nós.

Enquanto sentirmos vergonha de quem somos, as nossas vidas serão vistas como inúteis.

Enquanto ficarmos em silêncio, serão outras pessoas a dizer-nos o que fazer.

Contamos convosco

(d)Eficientes Indignados


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