Uma coisa em que raramente se ouve falar é na sexualidade nos deficientes motores. Talvez por indiferença ou por falta de conhecimento do assunto, quando ouvimos falar em sexualidade, na escola ou noutras instituições, ninguém se lembra de abordar quais as diferenças que existem para pessoas com mobilidade reduzida.
Após a lesão na medula por vezes “o sexo” é visto como uma coisa do passado. Mas isto não é necessariamente verdade, até porque sexo não inclui apenas o coito. Cada vez mais se tem vindo a tomar consciência deste facto, incitando a exploração da sexualidade de cada um.
O governo suíço decidiu já dar um passo à frente neste tema.
"O governo Suiço decidiu formar acompanhantes eróticos para pessoas portadoras de deficiência. Um passo gigante no reconhecimento do direito ao prazer.
Os objectivos desta formação prendem-se com questões muito simples: por exemplo, uma mulher tetraplégica pode apenas querer sentir a pele de um homem junto da sua, ou um jovem autista pode desejar ver uma mulher nua, ou um homem com espasticidade dos membros superiores pode necessitar de ajuda para se masturbar… isto pensando no princípio da heterossexualidade, no entanto aplica-se a orientações sexuais distintas, obviamente.
Os domínios prioritários da formação focalizam-se no conhecimento das deficiências, no enquadramento legal e jurídico, na dinâmica institucional e em questões anatomo-sexuais. É necessário preencher determinados critérios para se candidatar a acompanhante erótico (idade, profissão, estado de saúde…) e os assistentes sexuais serão supervisionados pela Association Suisse Sexualité et Handicap Pluriels - SEHP. "
Os domínios prioritários da formação focalizam-se no conhecimento das deficiências, no enquadramento legal e jurídico, na dinâmica institucional e em questões anatomo-sexuais. É necessário preencher determinados critérios para se candidatar a acompanhante erótico (idade, profissão, estado de saúde…) e os assistentes sexuais serão supervisionados pela Association Suisse Sexualité et Handicap Pluriels - SEHP. "
Quem sofre de lesão na medula ou o/a companheiro/a de alguém com este problema deve sempre procurar esclarecimento e ajuda. O facto de se ser deficiente motor não deve nunca ser encarado como uma diminuição da pessoa, nomeadamente pelos sogros da pessoa em causa que tendem muitas vezes a desejar “melhor” companheiro/a para a/o filha/o, ou seja, alguém que não sofra destas dificuldades! Como se isso tornasse as pessoas mais felizes…
Se estiverem interessados neste assunto convidamo-vos a visitar o site http://www.d-eficiente.net/, bem como o seu fórum, onde este e outros assuntos relacionados com deficientes motores são abordados.
Bonita abordagem, Manuela!
ResponderEliminarAlém do D-eficiente, também sugiro:
http://deficiente-forum.com/1/index.php
Fique bem.
Muito bacana a iniciativa do governo suiço, Manuela!
ResponderEliminarAcredito que todo mundo tem direito de ter prazer e de ser feliz.
Até mais, querida!
Muito à frente!
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