quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Discriminação das pessoas com deficiência


Causas da Discriminação
Os direitos humanos fundamentais são frequentemente negados às pessoas com deficiência. Existem muitas razões que levam a que isto aconteça:
- Mitos / Má informação
- Atitudes
- Linguagem
- Barreiras Sociais e Legais
- Barreiras Ambientais

Mitos / Má Informação:
Em muitas sociedades, o que as pessoas pensam sobre as pessoas com deficiência tem origem em mitos e má informação que apresentam as pessoas com deficiência como:
doentes, deformadas ou indesejáveis descartáveis não-pessoas ameaças (trazem doenças, perigo) pessoas de quem se poder troçar
Estes mitos têm sido usados para negar os direitos das pessoas com deficiência. Apesar de a maioria das pessoas experienciar algum tipo de deficiência no decorrer das suas vidas, as pessoas sem deficiências tratam frequentemente as pessoas com deficiência como as “outras” (ou seja, como um grupo separado, isolado e diferente do resto da comunidade).

Atitudes:
Ao longo do tempo, as pessoas com deficiência foram encaradas de muitas maneiras negativas. Por exemplo, pessoas com deficiência foram contempladas como portadoras do pecado, de demónios, de azar, como pessoas desamparadas e dependentes de caridade, e como cidadãos de segunda categoria.
Quando as pessoas têm ideias ou atitudes negativas acerca de pessoas com deficiência, erguem barreiras invisíveis que limitam as experiências e as oportunidades destas pessoas. Por exemplo, por causa de atitudes negativas, as pessoas com deficiência já foram: isoladas em instituições e escolas especiais ou nas suas casas ensinadas a terem vergonha de si próprias e das suas deficiências controladas por prestadores de cuidados que determinam o que elas podem ou não fazer, como e quando.
Em todos os países, estas atitudes negativas levaram à exclusão das pessoas com deficiência através de barreiras sociais, legais e ambientais, inclusivamente através da utilização de uma linguagem degradante.

Linguagem:
Uma das formas importantes pela qual as pessoas são postas de parte ocorre através da linguagem. As palavras que destacam as diferenças das pessoas com deficiência de uma maneira negativa –venham elas da parte de médicos, terapeutas e professores, escritas em jornais ou ditas na rua – fazem as pessoas sentir que não são valorizadas. A linguagem leva frequentemente as pessoas a evitarem ou troçarem de pessoas com deficiência por causa dessas diferenças.

Barreiras Legais e Sociais:
Em muitos locais, as leis, práticas e políticas postas em vigor pelos governos e outros organismos na comunidade ou no país mostraram que os direitos humanos fundamentais foram negados às pessoas com deficiência, entre os quais: o direito à vida; o direito ao casamento; o direito ao trabalho; o direito de ter filhos e constituir família; o direito de herança; o direito à educação; o direito de ter acesso aos mesmos serviços que outras pessoas têm e serviços específicos que as pessoas com deficiência necessitam

Barreiras Ambientais:
As barreiras ambientais também resultaram na exclusão. Uma barreira ambiental é criada quando os prédios, produtos, serviços ou espaços públicos são desenhados ou funcionam numa maneira difícil para as pessoas com deficiência.
As barreiras ambientais criam obstáculos que impedem as pessoas com deficiência de terem uma participação igual nas suas comunidades e nas suas sociedades. Por exemplo, uma pessoa com uma deficiência psico-social pode ter dificuldade em lidar com a quantidade de informação que se encontra numa mercearia. Uma pessoa que use uma cadeira-de-rodas pode não conseguir andar num passeio ou numa estrada com buracos. Uma pessoa que é cega pode ter dificuldade em encontrar o consultório do seu médico num edifício que não tenha sinalização em braille ou marcas nas portas.

Fonte : Rosa Lemos

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