Cadeiras de rodas que andam em todas as direcções, ou robots que assinalam os "pontos negros" da acessibilidade no espaço público. Não é um filme de ficção científica, mas sim tecnologias que poderão tornar as cidades mais acessíveis a quem sofre com a mobilidade reduzida, num futuro não muito distante.
Uma das ajudas do futuro é de produção portuguesa. Falamos da cadeira Enigma, desenvolvida por investigadores da Universidade do Minho. Feita com base nas rodas dos robots futebolistas que a equipa do Departamento de Electrónica Industrial tem construído, a Enigma tem uma vantagem digna de nota: anda em todas as direcções.
Através de um comando eléctrico, o utilizador pode controlar a cadeira e movimentar-se mais facilmente do que com uma cadeira de rodas tradicional. "Criámos um protótipo, que suporta uma pessoa até 120 quilos", explica Fernando Ribeiro, coordenador da equipa. O projecto deu origem à empresa Soluções de Automação e Robótica, umaspin-off da Universidade do Minho, que está agora a desenvolver um protótipo final, com mais funcionalidades. "Queremos colocá-la no mercado quando tivermos 200 por cento de certeza da sua fiabilidade."
Mais direccionado para decisores e técnicos que planeiam as intervenções no espaço público está outro projecto que só existe ainda no papel. Intitulado Avaliação automática de mobilidade e acessibilidade em espaços públicos, poderá facilitar a elaboração dos futuros planos locais de acessibilidade. Desenvolvido por investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e a Escola Superior de Design, o projecto prevê a construção de um robot que fará o diagnóstico das condições de acessibilidade em espaços.
"O robot vai fazer o trabalho de campo. Actualmente, os diagnósticos são feitos pelos técnicos, eventualmente usando equipamentos, para analisar, por exemplo, o quoficiente de escorregamento", explica Paula Teles, aquitecta que integra a equipa da UTAD. "O robot vai medir automaticamente todos os parâmetros, para garantir que não vai ser criado mais um obstáculo", esclarece a especialista. Para já ainda só existe uma proposta de financiamento, falta a resposta final. A ser aprovado, o projecto deverá durar três anos Marisa Soares
Fonte : jornal.publico.pt/noticia/11-07-2010
Acredito muito nesta equipa, Manuela!
ResponderEliminarDesejo-lhes muita sorte.
Fica bem.