quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Aprovada por unanimidade no Parlamento rede de cuidados para doentes crónicos


Aprovada por unanimidade no Parlamento rede de cuidados para doentes crónicos
Aprovada por unanimidade no Parlamento rede de cuidados para doentes crónicos
Lisboa, 25 jul (Lusa) - A proposta do CDS-PP para criar uma rede de cuidados para pessoas com doenças graves e incuráveis foi hoje aprovada por unanimidade na Assembleia da República.
"Orgulhamo-nos bastante" pelo resultado conseguido, afirmara anteriormente, em conferência de imprensa, a deputada Isabel Galriça Neto, do CDS-PP, partido da coligação governamental que tinha como "bandeira" a criação da rede de cuidados paliativos, integrada no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Com a nova rede, desburocratiza-se o processo de admissão de doentes a precisar de tratamento, que necessitava de avaliação intermédia e agora passa a ser determinado pelos serviços médicos onde é assistido, disse.
Por esses entraves, "50 por cento dos doentes [que necessitam dos tratamentos] não chegavam a tempo" de receber os cuidados de que necessitavam, falecendo antes, afirmou a deputada aos jornalistas antes da votação.
"Os cuidados paliativos não são só para pessoas que estão a morrer, são também para quem tem doenças graves e incuráveis", disse Isabel Galriça Neto.
A rede irá beneficiar de cerca de 60 mil doentes diretamente e de mais 180 mil pessoas indiretamente, quando contabilizados os familiares dos pacientes com doenças graves e incuráveis.
A estrutura irá ser criada nos hospitais e nos centros de saúde com condições para isso, e irá sendo autonomizada da atual rede de cuidados continuados.
Incluirá também apoio domiciliário aos doentes que não precisem de internamento.
Outra vantagem, disse a deputada do partido mais à direita do Parlamento, é a poupança que resulta das alterações, que variará entre os 2.000 e os 4.000 euros por ano e por doente, embora tenha salvaguardado que essa "não é a principal razão".
Isabel Galriça acrescentou que 20 a 25 por cento dos doentes internados nos hospitais precisam de cuidados paliativos e não tinham esse tipo de resposta.
"Um hospital com mais de 250 camas, sem cuidados paliativos, não é uma unidade de saúde moderna", considerou a deputada.
AMN.
Lusa

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