Pesquisadores espanhóis criaram uma órtese ativa que ajuda as pessoas com lesões parciais na medula espinhal a caminhar.
O primeiro protótipo desenvolvido na Universidade Politécnica da Catalunha aciona os músculos afetados por uma lesão medular incompleta.
A órtese ativa controla joelho e tornozelo, usando acionadores mecânicos e elétricos.
Mas o objetivo do projeto é mais ambicioso, incluindo o desenvolvimento de dispositivos auxiliares personalizados para cada caso específico de lesão medular.
Essa personalização vai melhorar a autonomia do paciente e sua adaptação ao dispositivo.
Órtese ativa
Uma das grandes novidades deste modelo de órtese ativa é a concepção mecânica da articulação do joelho, que incorpora dois sistemas independentes para a ação e o bloqueio da articulação.
Desta forma, o dispositivo oferece um apoio mais adequado às diferentes fases do caminhar do que os sistemas atualmente comercializados.
A nova órtese ativa é resultado de um projeto que reúne robótica e ortopedia, juntando o acionamento mecânico controlado eletronicamente com um equipamento que deve ser cômodo e leve.
Outro ganho é o baixo consumo de energia, o que favorece a autonomia do dispositivo - o bloqueio do joelho é mecânico, e não elétrico.
O motor, localizado ao lado do joelho, é ativado ou desativado a partir de sensores nas solas dos pés, que indicam quando a planta do pé toca o chão.
Sensores adicionais medem o ângulo das articulações para saber o estágio do caminhar que o usuário está executando.
Exoesqueletos e órteses passivas
Hoje, os aparelhos ortopédicos mais usados são órteses passivas, que não auxiliam o movimento externo do joelho.
Há também os exoesqueletos para toda a perna, que incorporam seis atuadores para as articulações dos quadris, joelhos e tornozelos. Mas esta complexidade torna o equipamento mais pesado e mais caro, além de serem projetados para pessoas com lesão medular total.
Fonte: Diário da Saúde
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