Os cegos que visitam a Universidade de Coimbra têm ao seu dispor o circuito turístico em braille. Produzido pelo Gabinete de Apoio a Necessidades Educativas Especiais, o Roteiro Turístico da UC em braille assume formato A5 e está disponível em duas versões: Português e Inglês.
A criação desta ferramenta “surge com o objetivo de tornar a visita aos espaços turísticos da Universidade de Coimbra mais acessível, nomeadamente às pessoas cegas, permitindo-lhes não só acompanharem com mais pormenor as explicações dadas pelos técnicos, mas também guardarem consigo a história e os monumentos e usufruírem de repetidas leituras saboreando este circuito turístico”, afirma Maria Isabel Teixeira, do Gabinete de Apoio a Necessidades Educativas Especiais da UC.
A inclusão social “começa em cada um de nós com pequenos gestos no dia-a-dia e deve ser vista no seu todo e não fragmentada por áreas de intervenção. Sendo a Universidade de Coimbra uma universidade setecentista, que alia a tradição à modernidade e referencial na área de investigação, é por si uma instituição humanista consciente da sua influência na sociedade e, por isso mesmo, preocupada com uma sociedade no seu todo, procurando criar as acessibilidades necessárias para a receber”, sustenta.
A Universidade de Coimbra é um dos principais destinos turísticos portugueses. Todos os anos visitam o Paço das Escolas cerca de 500 mil turistas das mais diversas proveniências. Entre outros espaços, o circuito inclui visita à Sala dos Capelos, Sala do Exame Privado, Sala das Armas, Torre, varanda panorâmica, Biblioteca Joanina (piso nobre e intermédio), Capela de S. Miguel e Prisão Acadêmica.
A Universidade de Coimbra é uma das mais antigas da Europa. Fundada em Lisboa por D. Dinis em 1290, foi definitivamente transferida para Coimbra em 1537, vindo a ocupar os edifícios do Paço Real Medieval. Durante os reinados de D. João V e D. José I, a instituição sofreu grandes reformas, não só a nível do ensino, mas também no que respeita à construção de novos edifícios de estilo barroco e neo-clássico.
Biblioteca Joanina
A construção iniciou-se em 1717, sob a égide de D. João V e é a mais famosa biblioteca em Portugal, devido ao seu estilo único. No piso superior, a biblioteca é composta por três salas, comunicantes por arcos decorados em madeira policromada, idênticos à estrutura do portal. As paredes estão cobertas por estantes lacadas de vermelho e verde escuro, com decorações em chinoiserie dourada. Ao gosto barroco, os teto estão ornamentadas com decorações de ilusão óptica. Os mais de 300 mil volumes que encerra esta “Casa da Livraria”, distribuem-se desde o século XII ao século XIVIII, e versam sobretudo sobre áreas como o direito (civil e canônico), a teologia e a filosofia.
A construção iniciou-se em 1717, sob a égide de D. João V e é a mais famosa biblioteca em Portugal, devido ao seu estilo único. No piso superior, a biblioteca é composta por três salas, comunicantes por arcos decorados em madeira policromada, idênticos à estrutura do portal. As paredes estão cobertas por estantes lacadas de vermelho e verde escuro, com decorações em chinoiserie dourada. Ao gosto barroco, os teto estão ornamentadas com decorações de ilusão óptica. Os mais de 300 mil volumes que encerra esta “Casa da Livraria”, distribuem-se desde o século XII ao século XIVIII, e versam sobretudo sobre áreas como o direito (civil e canônico), a teologia e a filosofia.
Capela de S. Miguel
As obras da construção da Capela de S. Miguel iniciaram-se em 1517, sob a direção do arquiteto Marcos Pires. A fachada mostra uma porta em estilo manuelino, com acesso lateral através de uma porta neoclássica. No interior, é possível admirar um imponente órgão barroco de 1733, decorado em talha e chinoiseries ao estilo D. João V. As paredes da nave são revestidas de azulejos de tipo tapete, do século XVII, e do século XVIII os da capela-mor. O retábulo principal (1605) é um trabalho maneirista.
As obras da construção da Capela de S. Miguel iniciaram-se em 1517, sob a direção do arquiteto Marcos Pires. A fachada mostra uma porta em estilo manuelino, com acesso lateral através de uma porta neoclássica. No interior, é possível admirar um imponente órgão barroco de 1733, decorado em talha e chinoiseries ao estilo D. João V. As paredes da nave são revestidas de azulejos de tipo tapete, do século XVII, e do século XVIII os da capela-mor. O retábulo principal (1605) é um trabalho maneirista.
Prisão Medieval e Acadêmica
Tendo a Universidade um foro próprio, era natural que a instituição dispusesse de um local de cárcere para os escolares condenados no âmbito desse direito privado. Assim, o cárcere situava-se (desde 1782 até à extinção do foro em 1832) no piso inferior da Casa da Livraria, sendo composto de pequenas salas abobadadas, sem luz direta, que os frequentadores forçados consideravam insalubres.
Tendo a Universidade um foro próprio, era natural que a instituição dispusesse de um local de cárcere para os escolares condenados no âmbito desse direito privado. Assim, o cárcere situava-se (desde 1782 até à extinção do foro em 1832) no piso inferior da Casa da Livraria, sendo composto de pequenas salas abobadadas, sem luz direta, que os frequentadores forçados consideravam insalubres.
Sala das Armas
A Sala das Armas fazia parte da ala real do antigo paço. Alberga a panóplia das armas (alabardas) da Guarda Real Acadêmica, que ainda hoje são utilizadas pelos Archeiros (guardas) nas cerimônias acadêmicas solenes.
A Sala das Armas fazia parte da ala real do antigo paço. Alberga a panóplia das armas (alabardas) da Guarda Real Acadêmica, que ainda hoje são utilizadas pelos Archeiros (guardas) nas cerimônias acadêmicas solenes.
Sala dos Capelos
É nesta sala que atualmente têm lugar as mais importantes cerimônias acadêmicas, designadamente os Doutoramentos solenes, “honoris causa”, Investidura do Reitor e Abertura Solene das Aulas. Inicialmente, foi a sala do trono do Palácio Real de Coimbra. Na segunda metade do séc. XVII foi remodelada, tendo ficado com o aspecto atual. No começo do séc. XVIII, as coberturas foram renovadas e as paredes superiores decoradas com telas que representam todos os reisde Portugal, enquanto o lambril foi coberto com azulejos do tipo tapete, fabricados em Lisboa. O teto, apainelado, com decoração de grinaldas e grotescos pintados, exibe a data de 1655.
É nesta sala que atualmente têm lugar as mais importantes cerimônias acadêmicas, designadamente os Doutoramentos solenes, “honoris causa”, Investidura do Reitor e Abertura Solene das Aulas. Inicialmente, foi a sala do trono do Palácio Real de Coimbra. Na segunda metade do séc. XVII foi remodelada, tendo ficado com o aspecto atual. No começo do séc. XVIII, as coberturas foram renovadas e as paredes superiores decoradas com telas que representam todos os reisde Portugal, enquanto o lambril foi coberto com azulejos do tipo tapete, fabricados em Lisboa. O teto, apainelado, com decoração de grinaldas e grotescos pintados, exibe a data de 1655.
Sala do Exame Privado
A sala onde, até à segunda metade do século XIX, se realizava o exame privado (que antecedia o doutoramento), reformada nos anos de 1701/ 1702, apresenta os retratos dos reitores dos séculos XVI a XVIII. No teto, como nas sobreportas, vêem-se os emblemas das Faculdades. O lambril de azulejos de albarrada, azuis e brancos, são de feitura conimbricense do século XVIII.
A sala onde, até à segunda metade do século XIX, se realizava o exame privado (que antecedia o doutoramento), reformada nos anos de 1701/ 1702, apresenta os retratos dos reitores dos séculos XVI a XVIII. No teto, como nas sobreportas, vêem-se os emblemas das Faculdades. O lambril de azulejos de albarrada, azuis e brancos, são de feitura conimbricense do século XVIII.
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