quarta-feira, 14 de março de 2012

Atletas especiais também cruzaram a meta na Corridas Lezírias

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Ao cruzar a meta da Corrida das Lezírias Manuela Ralha bateu palmas e sorriu enquanto um dos jovens elementos da associação Mithós, irmão do João com trissomia 21, empurrava a cadeira. Seguiram-se pouco a poucos os outros elementos. A pé, mais devagar, ou em carrinho de bebé. Começou por chamar-ser Mithós – núcleo do Ribatejo mas actualmente a associação já tem dimensão nacional e por isso prepara-se para mudar o nome para Mithós - Movimento de Apoio à Multideficiência.
O grupo trabalha em prol dos cidadãos portadores de deficiência, na zona de Vila Franca de Xira e Vale do Tejo, sem qualquer fim lucrativo, e visa proporcionar às pessoas portadoras de incapacidade ou deficiência actividades que as estimulem. Começaram por apoiar familiares e portadores de spina bífida e hidrocefalia mas entretanto alargaram a outros espectros. Têm jovens e adultos com trissomia 21, paraplégicos, pessoas com lesões medulares, amblíopes e cegos. O grupo tem 25 atletas com deficiência e sócios não só de Vila Franca de Xira como de Cascais, Almeirim, Moita, Montijo, Santarém e Ferreira do Zêzere. Contam com uma equipa de natação adaptada e participam em vários eventos desportivos. Na manhã de domingo nem todos vieram até à beira rio para a mini corrida que se realizou paralelamente à Corrida das Lezírias com chegada no mesmo local, no Parque Urbano do Cevadeiro. Os elementos dividem-se para participar nas provas. O grande objectivo é a integração social e a integração desportiva. “A nossa intenção, quando trabalhamos com crianças, é provar-lhes que somos tão capazes como os outros de nos integrar no desporto. Se as cidades, vilas e aldeias tiverem mais acessibilidades mais fácil será para nós integrar todos os cidadãos portadores de deficiência”, explica a vice-presidente da associação Manuela Ralha. Os outros elementos “menos especiais”, sem qualquer tipo de condicionalismos, são voluntários, elementos da direcção ou pais. “Também há quem não tenha ninguém com deficiência mas quer ajudar e participar”, remata.
Ana Santiago
Fonte: O Mirante


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