“Debilidades intelectuais também têm sido vistas como motivos legítimos para negar às pessoas com Síndrome de Down sua liberdade, e para mantê-las em instituições especializadas, às vezes por toda sua vida”, alertou o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, por meio de uma mensagem para o primeiro Dia Mundial da Síndrome de Down, celebrado no dia 21 de março. “Por muito tempo, eles foram deixados à margem da sociedade”.
Para Ban, a discriminação pode ser tão injusta quanto uma esterilização forçada ou tão sutil quanto a segregação através de barreiras sociais ou físicas. “Em muitos países, eles continuam a enfrentar o estigma e a discriminação, bem como barreiras legais, de comportamentos e ambientais que impedem sua participação em suas comunidades”.
Ban Ki-moon acrescentou que a eles é frequentemente negado o direito igual perante a lei e também o direito de voto e de ser votado. O preconceito de que crianças com a Síndrome de Down atrapalham o aprendizado de outras crianças levam pais a colocarem seus filhos em escolas especializadas ou a mantê-los em casa. “Pesquisas mostram – e mais pessoas começam a entender isso – que a diversidade na sala de aula leva ao aprendizado que beneficia a todos”, afirmou Ban.
Ele também afirmou que as Nações Unidas trabalharam por décadas para garantir o bem-estar e os direitos humanos de todas as pessoas e que esses esforços foram fortalecidos com a adoção da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência em 2006. A convenção “incorpora a mudança de paradigma no qual as pessoas com deficiência não são mais consideradas objetos de cuidados e caridade, mas pessoas com direitos iguais e que podem trazer uma grande contribuição para a sociedade dentro de seus próprios direitos”.
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