domingo, 5 de fevereiro de 2012

Cena marcante do filme “Amargo Pesadelo” mostra um autista num duelo de banjos


O filme "Amargo Pesadelo" (realizado em 1972), originalmente chamado em inglês como "Deliverance", tem em seu elenco Jon Voight e Burt Reynolds. Filme violento e perturbador, dirigido por John Boorman e baseado no romance de James Dickey.
Um grupo de amigos decide descer pela última vez as correntezas de um rio antes que o mesmo se torne uma represa. Apesar de advertidos pelo pessoal da região, ignoram os perigos existentes e partem rumo a uma arriscada aventura. Baseado no romance de James Dickey's.
Um duelo de banjos gerou a seguinte “Lenda Urbana”, que circula pela Internet. Consta ser uma cena verídica. O garoto da cena não é ator, apenas um autista e cego que residia no local onde estavam sendo feitas as filmagens. A equipe parou num posto de gasolina para abastecer e aconteceu a cena mais marcante que o diretor teve a felicidade de encaixar no filme.
No início está distante, mas à medida que toca seu banjo ele cresce com a música e vai se deixando levar por ela, até transformar sua expressão num sorriso contagiante, transmitindo a todos sua alegria. A alegria de um autista que é resgatada por alguns momentos, graças a um violão forasteiro.
O garoto brilha, cresce e exibe o sorriso preso nas dobras da sua deficiência, que a magia da música traz à superfície. Depois, ele volta para dentro de si, deixando sua parcela de beleza eternizada "por acaso" no filme “Amargo Pesadelo” (Ano: 1972).
O enigmático menino, que aparenta algum tipo de problema mental, na verdade é Billy Redden, um estudante local selecionado para compor o elenco. Sua habilidade com o banjo é emprestada de um profissional que fica por trás dele, vestindo uma camisa de quatro mangas. Hoje em dia Billy é dono de um restaurante.
A representação de pessoas com deficiência no cinema por atores, sempre foi um tema polêmico. Muitas vezes é questionado porque não colocar uma pessoa que realmente possua a deficiência para atuar. Uma das justificativas, é porque não há pessoas com deficiência com experiência para atuar. Nesse caso, por exemplo, seria muito difícil encontrar um autista que tivesse essa habilidade no banjo, e treinar um levaria muito tempo. De qualquer forma, analisando somente o aspecto artístico da cena, este duelo de banjos é muito bonito, e mostra a tradição musical do oeste norte-americano.

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